Pix supera métodos de pagamento americanos e por isso é alvo, afirma Henrique Meirelles

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Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e figura proeminente na política econômica brasileira, trouxe à tona um debate importante sobre a eficácia do sistema de pagamentos brasileiro, conhecido como Pix. Segundo ele, o Pix se destaca em comparação aos métodos de pagamento americanos, e essa superioridade pode explicar por que se tornou um alvo de críticas e ataques.

O Pix, lançado pelo Banco Central do Brasil em novembro de 2020, revolucionou a forma como os brasileiros realizam transações financeiras. Com sua funcionalidade de transferências instantâneas, o sistema permite que usuários enviem e recebam dinheiro a qualquer hora do dia, de forma rápida e sem custos. Essa agilidade e eficiência têm atraído a preferência de muitos, que veem o Pix como uma solução prática em um mundo cada vez mais digital.

Meirelles defende que, em oposição aos meios de pagamento convencionais nos Estados Unidos, que frequentemente implicam em taxas altas e procedimentos complicados, o Pix proporciona um serviço simples e acessível. Nos Estados Unidos, métodos como o ACH (Automated Clearing House) e os cartões de crédito geralmente vêm com tarifas que podem prejudicar tanto os consumidores quanto os comerciantes. Por outro lado, o Pix tem se destacado como uma solução prática e eficiente, incentivando uma maior inclusão financeira.

Além do mais, o antigo ministro enfatiza que a clareza do sistema é uma de suas maiores vantagens. As operações feitas pelo Pix são gravadas instantaneamente, o que facilita o acompanhamento e diminui as fraudes. Esse nível de proteção é um ponto positivo em relação a alguns métodos de pagamento nos Estados Unidos, onde a complexidade dos procedimentos pode criar dúvidas e perigos.

Enquanto isso, o triunfo do Pix não aconteceu sem oposição. Meirelles indica que o crescimento do sistema brasileiro pode ter perturbado grandes bancos e empresas de pagamento nos Estados Unidos. A concorrência provocada pelo Pix questionou a situação atual, resultando em críticas e esforços para desestabilizar o sistema. Ele acredita que agentes financeiros tradicionais podem considerar o avanço do Pix como um risco ao seu controle no mercado.

Outro ponto relevante que Meirelles destaca é a inclusão financeira proporcionada pelo Pix. O sistema foi desenvolvido para ser acessível a todos, independentemente da condição socioeconômica. Em um país com grandes desigualdades como o Brasil, essa qualidade é crucial. O Pix simplifica o acesso à formalização de empresas e à execução de transações, permitindo que pequenos empreendedores se conectem ao sistema financeiro.

Além disso, a simplicidade do Pix, que possibilita transferências apenas com um número de telefone ou e-mail, torna o sistema de pagamentos mais acessível. Isso difere da dificuldade de alguns métodos de pagamento tradicionais, que podem exigir habilidades técnicas ou o uso de ferramentas especiais.

Em resumo, a afirmação de Henrique Meirelles de que o Pix é superior aos métodos de pagamento americanos destaca a relevância do sistema na economia brasileira. Sua eficiência, transparência e potencial de inclusão financeira o colocam em uma posição vantajosa. À medida que o Pix continua a ganhar popularidade, é essencial que as instituições mantenham um diálogo aberto sobre sua evolução e enfrentem os desafios que surgirem. O futuro dos pagamentos no Brasil pode muito bem depender da capacidade do Pix de se adaptar e inovar em um cenário global em constante mudança.

Por Pedro A. Silva

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